Resumen
http://dx.doi.org/10.5902/1980509812346É comum encontrar na literatura trabalhos sobre germinação de sementes nativas de uma mesma espécie com tamanhos de amostra diferenciados. No entanto, não se sabe quais são as consequências disso para os resultados obtidos. Assim, objetivou-se estudar o comportamento das medidas de germinação frente à variação do número de sementes que compõe a amostra para Bowdichia virgilioides. O experimento foi conduzido em câmara de germinação, sob luz branca fluorescente contínua, a 26,2 ± 2,5 ºC. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3 x 3 (três tamanhos de amostra x três lotes), com número de repetições fixo e igual a quatro. A semeadura foi realizada em caixas tipo gerbox, contendo 25, 50 ou 100 sementes, perfazendo 100, 200 ou 400 sementes por amostra. A germinabilidade, tempo inicial, médio e final, velocidade média e VE (IVG), coeficiente de variação do tempo, incerteza e sincronia da germinação foram avaliados, sendo consideradas germinadas as sementes com protrusão de embrião. Gráficos de frequência relativa também foram construídos. Dentre estas medidas, as mais frágeis ao incremento do tamanho da amostra foram o VE e a incerteza. O VE, além de ser influenciado pelo tamanho da amostra, também foi influenciado pelo contrabalancear entre germinabilidade e velocidade média, demonstrando ser uma medida imprópria para mensurar velocidade de germinação quando a capacidade germinativa dos lotes for diferente. As medidas de tempo, uniformidade, sincronia, velocidade média e a germinabilidade não tiveram seus resultados afetados pelos diferentes tamanhos da amostra. A germinabilidade, entretanto, mostrou-se a medida mais estável do processo germinativo, não sendo influenciada pelo tamanho da amostra, mesmo quando analisada por meio de lotes com qualidades muito discrepantes.