Resumen
Os estudos dos sistemas agroalimentares, mesmo que recentes, têm apontado diversos impactos na forma como as pessoas no campo e nas cidades se alimentam, sobretudo a partir da Revolução Industrial e da Revolução Verde. Esses impactos são perceptíveis nos âmbitos ambiental, social, econômico e de saúde, fortalecendo cada vez mais os impérios agroalimentares a partir de regras e normas globais que excluem agricultores familiares camponeses e dificultam a comercialização de seus produtos em mercados formais e também locais e informais. No entanto, na Zona da Mata de Minas Gerais, apesar da predominância da monocultura do café, experiências locais baseadas na agroecologia e nas redes alimentares alternativas (RAA) vêm crescendo. A partir de metodologias da pesquisa participante como os intercâmbios agroecológicos, o objetivo desse trabalho foi descrever e analisar experiências agroecológicas e suas relações com os mercados, relacionando-as com as RAA. O estudo apontou que a agroecologia contribui para o desenvolvimento e ampliação dessas redes, a partir das relações sociais estabelecidas e na preocupação ambiental, ampliando os debates acerca dessas experiências locais.