Resumen
O papel dos meios de comunicação está no centro da crise climática, pois são responsáveis pela difusão de informações em larga escala, indicando as escolhas de futuro à sociedade. A partir disso, o artigo discute o pensamento da sociologia ambiental em relação aos riscos, à modernidade reflexiva e ao saber ambiental, situando esses conceitos como base dos discursos que circulam socialmente. O artigo analisa uma reportagem especial da cobertura da Rio+20 realizada no Brasil pela revista Época, com objetivo de compreender de que forma o discurso sobre a mudança climática articula a noção de futuro (os caminhos a seguir) e, por consequência, a relação homem-natureza subjacente. Apoiado na Análise do Discurso a partir de Michel Pêcheux e das Teorias do Jornalismo construcionistas, indica o enquadramento discursivo como dispositivo de análise. A revista Época realizou seu enquadramento com ênfase na Economia Verde, a partir de um discurso hegemônico, porém, trouxe alguns elementos de fundo ecossocial. Dessa forma, identificou-se uma Formação Discursiva Ecotecnocrática com leve atravessamento da Formação Discursiva Ecossocial.