Resumen
Este trabalho investigou alocação de horas de trabalho pelas mulheres na força de trabalho brasileira usando dados da PNAD de 2011 e modelos heckit e double hurdle. Os resultados mais importantes indicam que a participação e horas trabalhadas se reduzem com a idade, enquanto que menor instrução desfavorece a inserção na força de trabalho. A condição de chefe de família e casada aumentam a probabilidade de trabalho, enquanto que a condição de casada e com filhos menores reduz essa chance e diminui as horas trabalhadas. A queda da renda do esposo favorece a entrada da mulher na força de trabalho com intuito de complementar renda domiciliar. Por fim, a elevação do investimento em educação, aumento da oferta de trabalhos com jornadas mais flexíveis e ampliação do suporte nos cuidados das crianças na primeira infância podem contribuir para a entrada das mulheres no mercado de trabalho e aumento do bem-estar.