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ARTÍCULO
TITULO

DINÂMICA DA VEGETAÇÃO EM UM FRAGMENTO DE MATA ATLÂNTICA NO NORDESTE DO BRASIL

Felipe Rodrigo de Carvalho Rabelo    
Maria Jesus Nogueira Rodal    
Ana Carolina Borges Lins e Silva    
André Luiz Alves de Lima    

Resumen

http://dx.doi.org/10.5902/1980509817442Para testar a hipótese que a fisionomia, estrutura e dinâmica de espécies lenhosas são influenciadas pelogradiente espacial borda-interior, foram coletados dados desses parâmetros em 2004, 2007 e 2010 em umfragmento de Floresta Atlântica. Foram amostradas para o Dossel (DS), plantas com circunferência docaule a altura do peito (CAP) > 15 cm e do sub-bosque (SB) com circunferência ao nível do solo entre >3 cm e CAP < 15 cm em um gradiente borda-interior formado há 35 anos. Em 2004, foram avaliadas trêsposições no fragmento: borda, intermediária e interior (> 150 m do limite florestal), sendo analisados 1000m² por local, divididos em parcelas de 10 m², para medir os indivíduos de maior classe. Em cada parcelafoi instalada uma subparcela de 5 m² para amostragem do sub-bosque. Foram recolhidos ramos de trêsindivíduos adultos das espécies, para obtenção da densidade da madeira. O número de indivíduos (NI), áreabasal (AB), taxa de mortalidade (TM), taxa de recrutamento (TR), incremento periódico anual em diâmetro(IPA), taxa de perda (P) e ganho (G) de área basal e as taxas de rotatividade em número de indivíduos (TN)e em área basal (TA) da classe do componente arbóreo nos três locais evidenciaram não haver efeito deborda significativo. Na borda, o sub-bosque teve menores valores de NI e AB e maiores TM, que no interiordo fragmento. Diferenças entre os estratos acontecem, independentemente do selamento da borda, já queplantas jovens na maior classe amostral apresentam indivíduos no SB, que são mais sensíveis que as árvoresadultas às mudanças causadas pela criação da borda. Taxas de perda e ganho de AB e de rotatividade em NI eAB, no SB, apresentaram valores maiores que no DS, o que aponta para um estrato com maiores mudanças.No DS não ocorreram diferenças de riqueza de espécies entre os ambientes, distinto do observado no SB.A composição florística no DS nos ambientes mais próximos ao limite florestal foi bastante distinta que ado interior, indicando que ainda não houve recuperação da composição florística. Todos os ambientes doSB tiveram baixa similaridade. As bordas do DS e SB apresentaram maior concentração de indivíduos emintervalos de classe de menores valores de densidade de madeira. O DS já recuperou a biomassa, embora osambientes de borda e intermediário não tenham recuperado a composição de espécies tardias. O SB aindasofre efeito de borda. Possivelmente, a maior concentração de indivíduos em classe de menor densidade damadeira sendo resultado na borda.

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