Resumen
A produção brasileira de madeira industrial baseia-se essencialmente nas plantações florestais, porém, somente no setor de serraria existe ainda uma parcela apreciável de toras de origem de florestas nativas, desconsiderando o uso da madeira para fins energéticos. Com a criação de concessões florestais deu-se um passo importante rumo ao manejo das florestas nativas do norte do país. Já no extremo sul existem florestas nativas somente em estágios de recuperação, em propriedades familiares e cujo manejo é muito restrito. No presente artigo argumenta-se sobre a importância de manejar as florestas nativas, mesmo em pequenas propriedades. Para isto, toma-se como exemplo o caso da Áustria, cujo território é dominado por florestas nativas em pequenas propriedades. A tradição deste uso é baseada em uma legislação adequada, no trabalho do serviço de extensão e de pesquisa que geram um ambiente no qual os benefícios materiais e imateriais da floresta se aliam aos interesses da sociedade e aos econômicos dos proprietários. O manejo das pequenas unidades florestais permite alcançar um regime de sustentabilidade periódico, cujas intervenções silviculturais partem das condições locais, sendo o objetivo central a árvore e não o povoamento. Este procedimento de manejo, atualmente recomendado para a produção de madeira de elevado valor econômico, é descrito de maneira resumida.