Resumen
Este artigo estuda a determinação dos superávits do governo central brasileiro. Para dados trimestrais de 1996 a 2011, a estratégia empírica envolveu: i) modelos de quebra estrutural e estimativas não lineares no nível da dívida pública, para lidar com a inércia percebida após 1999, diante de níveis elevados de endividamento; ii) regressões de limiar, que levam em consideração a influência da política monetária no campo fiscal; e iii) comparação das estimativas por meio de estatísticas de previsão. Vale ressaltar as seguintes indicações: i) existe uma tendência para redução dos superávits como proporção do PIB, dada a queda persistente na relação dívida-PIB; ii) a inflação do IPCA e os gastos com juros constituem variáveis de estado na determinação dos superávits; e iii) o cenário da política fiscal depende de como essas variáveis irão se comportar após os cortes na taxa SELIC feitos no ciclo recente de expansão monetária.