Resumen
O objetivo deste artigo é discutir as problemáticas que se inscrevem na intersecção entre sociedade e natureza, apresentando a Eco(Teo)logia como uma proposta interdisciplinar que procura convergir os discursos científico e religioso integrando a Ecologia e a Teologia em sua reflexão sobre o meio ambiente. Para a Eco(Teo)logia, é imprescindível a contribuição da tradição discursiva bíblica, por meio de releituras das narrativas da criação, da destruição e da restauração, encontradas nos livros de Gênesis e Apocalipse das Escrituras Sagradas judaico-cristãs. Para uma análise sobre esta formação discursiva, foi feita uma incursão nas contribuições de alguns teólogos, como Cullmann (1996), Murad (2009), Pfeiffer (1999), Reimer (2006, 2011), Stott (2010, 2011) e Wolff (2007), cuja abordagem está focada na proposta de torná-la um instrumento para a conscientização ambiental, contribuindo para o engajamento das causas ecológicas por parte da Igreja Evangélica. Mas, como esse discurso encontra-se ainda muito restrito a certas esferas institucionais, não alcançando contingentes mais amplos de evangélicos, este trabalho procura questionar e compreender como os textos bíblicos podem inspirar uma visão eco(teo)lógica, visando verificar se o discurso teológico pode, de fato, contribuir para uma conscientização ambiental, apresentando as práticas institucional e eclesiástica do discurso teológico ambiental evangélico. A pesquisa investigou a participação de algumas ONGs Cristãs Evangélicas, a Convenção Batista Brasileira, a Igreja Batista no Brasil e na cidade de Cabedelo, PB, para melhorar a qualidade de vida das comunidades locais por meio do estímulo a ações de responsabilidade dos fiéis evangélicos.