Resumen
Os processos de reprodução das sociedades são marcados pelo confronto entre diferentes projetos de uso e significação de seus recursos ambientais. Sob este aspecto é que os atores sociais comprometidos com a busca de justiça ambiental procuram denunciar a existência de uma lógica política que orienta a distribuição dos danos ambientais em detrimento dos grupos sociais mais vulneráveis, conformando situações de injustiça ambiental. Sendo assim, o presente ensaio tem por objetivo traçar um modelo teórico-epistemológico para a concepção de justiça ambiental e para as causas da injustiça ambiental. Para tanto, foram adotados como bases teóricas a concepção tríplice de justiça ambiental de Schlosberg (2004), assim como o paradigma do marxismo ecológico. Neste sentido, construiu-se um estudo de natureza qualitativa, descritiva, de revisão bibliográfica. Os resultados demonstram a importância da corrente crítica da justiça ambiental como forma de desnaturalizar a relação entre desigualdade social e proteção ambiental, promovendo reflexões acerca das contradições que caracterizam as relações do capital.