Resumen
Este artigo analisa o desempenho de fundos de investimentos em ações no Brasil e investiga potenciais relações da performance dos fundos com seus respectivos tamanhos, idades, riscos (volatilidade total e beta), cobrança de taxa de performance e utilização de estratégias alavancadas de investimentos. Para tanto, utilizando as medidas de alfa e beta de Jensen, foram analisados 1.243 fundos, entre 1996 e 2019, resultando em 125.066 observações mensais. Os resultados sugerem que apenas 62% dos fundos superaram o benchmark de mercado no período. Já o desempenho dos fundos apresenta relação positiva e significativa com suas respectivas idades, tamanhos e a utilização de estratégias alavancadas. Em relação ao risco, documentaram-se relações negativas e significantes, o que, apesar de conflitante com a relação básica entre risco e retorno, sugere que, no período analisado e devido às elevadas taxas de juros, fundos com estratégias mais conservadoras por meio de maior alocação em ativos de renda fixa ou ações mais conservadoras tiveram, em média, retornos superiores.