Resumen
O objetivo deste artigo é investigar a necessidade de cercar ou não um parque urbano, o Parque Farroupilha. Assim, são analisadas as relações entre os atuais usos, os níveis de segurança no seu interior, adjacências e proximidades e a ideia de cercar ou não o Parque. Para tal, são consideradas uma proposta de cercamento hipotético do Parque e as percepções e atividades realizadas pelos frequentadores, moradores de áreas próximas e comerciantes do entorno e do interior do Parque. A metodologia inclui a realização de levantamentos de arquivo, mapas comportamentais nos limites do Parque, identificação dos percursos realizados pelos três grupos, entrevistas e questionários aplicados a estes grupos. Os dados obtidos por meio dos questionários foram analisados através de testes estatísticos não paramétricos, tais como tabulações cruzadas (Phi) e Kruskal-Wallis. Os resultados revelam que uma quantidade significativa de atividades realizadas pelos usuários, baseadas no movimento continuado e/ou intermitente, seria impedida e/ou alterada pela existência de cerca nas bordas do Parque. Ainda, verifica-se que dentre os locais percebidos como mais inseguros estão aqueles que apresentam baixo movimento e baixa supervisão visual, que não seriam incrementados, mas sim reduzidos por um cercamento do Parque Farroupilha.