Resumen
Alterações no arranjo de plantas pode influenciar diretamente as características morfosiológicas e a produtividade das culturas, sobretudo em condições de déficit hídrico. O trabalho teve como objetivo analisar os efeitos de diferentes espaçamentos entre linhas e densidades de plantio na morfofisiologia do hibrido de milho AG-1051 submetido a diferentes regimes hídricos na região Meio-Norte do Piauí, Brasil. Foram implantados dois experimentos, em ambos se adotou o delineamento experimental de blocos casualizados em fatorial 5 x 2, combinando-se cinco densidades de plantio (20.000; 40.000; 60.000; 80.000 e 100.000 plantas ha-1), dois espaçamentos entre fileiras (0,5 e 1,0 m), com quatro repetições. Foi utilizado o sistema de irrigação por aspersão e as lâminas calculadas com base na evapotranspiração da cultura (ETc). Em irrigação plena utilizou-se 100% da ETc e em déficit hídrico 50% da ETc. Avaliaram-se altura de planta, altura de espiga, diâmetro do colmo, índice de área foliar, matéria seca, taxa de assimilação líquida de CO2, transpiração e condutância estomática. Em irrigação plena observa-se incremento linear na altura de planta e altura da espiga, enquanto sob condições de déficit hídrico, observa-se ajuste quadrático com altura máxima de 192,4 e 118,6 cm atingida na densidade de 85.000 e 80.000 plantas ha-1. Há ajuste linear negativo no diâmetro do colmo e na matéria seca em ambos os regimes hídricos adotados. O aumento da densidade de plantas aumenta a altura de planta, altura de espiga e diminui o diâmetro de colmo. Além disso promove redução da taxa de transpiração, da condutância estomática e da taxa de assimilação líquida de CO2. A redução do espaçamento entre plantas na linha em maiores densidades promove aumento do índice de área foliar e redução da matéria seca. Em condições de estresse hídrico os componentes fisiológicos apresentam as mesmas tendências em condições de irrigação plena, porém com redução expressiva dos índices.