Resumen
O objetivo deste artigo é desenvolver argumentos que comparam a dinâmica do capital financeiro e o espaço urbano. Em um primeiro momento argumenta-se que os serviços financeiros seguem uma lógica de centralização, com serviços altamente especializados sendo oferecidos em lugares centrais no espaço urbano enquanto serviços menos complexos seguem um padrão de maior dispersão. Esta característica promove simultaneamente um efeito de desconcentração-centralizada na estrutura urbana: se por um lado a dispersão de serviços e amenidades urbanas reduz custos de transporte e melhora o equilíbrio urbano em alguns lugares, usualmente os serviços complexos, por outro lado, são altamente centralizados, promovendo desenvolvimento urbano desequilibrado (centro-periferia). Para entender o equilíbrio entre estes dois efeitos, este artigo propõe uma análise preliminar da localização de bancos em função da renda e outras características socioeconômicas da Região Metropolitana de Belo Horizonte.