Resumen
As radiações ionizantes cada vez mais vêm sendo empregadas em diversos campos da ciência e tecnologia, sendo constantemente liberada no ambiente em baixas doses no diagnóstico e no tratamento de saúde. Todavia, o maior risco ambiental está relacionado com os acidentes nucleares ou radiológicos e com o seu emprego em guerras e nas ações assimétricas de grupos extremistas, frequentemente associadas ao terrorismo. Em casos de exposições a altas doses, a radiação ionizante pode causar diversos efeitos danosos aos organismos vivos, inclusive a morte. Geralmente, os danos decorrentes da exposição à radiação ionizante são compensados por sistemas de proteção, preferencialmente, pela ação de enzimas antioxidantes. Algumas substâncias exercem ação sobre o material biológico irradiado, modificando a resposta biológica, protegendo-o ou sensibilizando-o. Estas substâncias, conhecidas como radiomodificadores, atuam como compostos antioxidantes exógenos, minimizando o estresse oxidativo causado pela exposição à radiação. Compostos de plantas já foram utilizados como agente terapêutico dos efeitos causados pela radiação. Dentre estes, podem ser citados o uso da rutina para tratar trabalhadores de Chernobyl, o uso do beta-caroteno para tratar habitantes próximos à central de Chernobyl e o uso de legumes e frutas verdes e amarelos pelos sobreviventes do bombardeio nuclear japonês, o que parece ter resultado na proteção contra o câncer de bexiga. Esta revisão visa unir em uma única publicação um levantamento dos vegetais com efeitos radiomodificadores contra os danos biológicos causados pelas radiações ionizantes. Contribuindo assim para o avanço das pesquisas sobre esta classe de compostos.