Resumen
Neste trabalho problematiza-se o segmento autogestionário da construção civil como um lugar teórico-prático de transformação socioeconômica para a superação da produção capitalista do espaço. Para tanto, formulam-se críticas à cultura produtiva, em suas formas heterogestionária e autogestionária, estabelecendo-se proposições teórico-práticas para um amplo funcionamento da economia social no setor da construção civil. Essas proposições estão sintetizadas nos conceitos de canteiro-escola para autogestão e redes de construção autogestionária, enfocando-se respectivamente a reprodução sociopolítica do trabalho associado na construção civil e a reprodução socioeconômica da produção associada em autogestão no território. Dessa forma, por meio da atuação integrada de cooperativas de trabalho, produção e consumo nos segmentos imobiliário, infraestrutura e serviços de construção civil, concebe-se um sistema socioprodutivo em economia social como estratégia para a autogestão territorial.