Resumen
A competição entre as organizações pode ser vista tanto na busca por recursos e consumidores, quanto por legitimidade institucional, o que pode tornar as práticas organizacionais cada vez mais homogêneas ou isomórficas. Além disso, crescem as pressões para que as organizações atendam, de forma sistêmica, as dimensões econômica, social e ambiental da sustentabilidade. Nesse sentido, a questão que motivou a pesquisa foi: como se manifesta a existência de isomorfismo nos relatórios de sustentabilidade das empresas brasileiras que participam do Dow Jones Sustainability Index? O objetivo deste estudo é analisar como as organizações brasileiras que participam do Dow Jones Sustainability Index demonstram suscetibilidade ao isomorfismo na elaboração de seus relatórios de sustentabilidade. Foi utilizada uma metodologia de abordagem qualitativa, descritiva, com acesso aos dados de forma documental e análise longitudinal entre os períodos de 1999 a 2013. Os resultados demonstram que as organizações estudadas têm maior suscetibilidade ao isomorfismo coercitivo na elaboração de seus relatórios de sustentabilidade em função das chamadas pressões formais e informais exercidas sobre as organizações, especialmente em relação à divulgação de relatórios geradores de transparência.