Resumen
O atual trabalho embasou-se na busca por bioinseticidas de origem vegetal, em específico, o resíduo industrial de sementes de Carapa guianensis (Andiroba). A árvore andirobeira produz frutos aos quais são extraídos óleo vegetal usado por indústrias farmacêuticas e cosméticas, todavia, há geração de subprodutos denominado torta residual sem nenhuma destinação. Este óleo vegetal é rico em compostos denominados terpenóides com ação inseticida, logo, buscou-se extraí-los do resíduo industrial com etanol seguido de recristalização com n-hexano para avaliar sua bioatividade frente ao inseto-praga Bemisia tabaci Biótipo B (mosca-branca). Os resultados indicaram que, as concentrações de 200 e 100 mg/ml do concentrado de limonoides foram suficientes para eliminar 100% das larvas de mosca-branca até o terceiro dia após a aplicação, entretanto, houve diferenças significativas entre as concentrações (p>0,001) confirmadas pelo teste de Tuckey 5%. O teste ecotoxicológico com Artemia salina informou determinada toxicidade dos limonoides, onde a concentração de 500µg/ml do concentrado de limonoides ocasionou mortalidade de 50% dos nauplios e a atividade hemolítica apresentou alta toxicidade, onde a menor concentração de 62,2µgm/ml de concentrado de limonoides causou menos de 10% de hemólise. Procurou-se agregar valor a uma biomassa descartada pela indústria no desenvolvimento de protótipo bioinseticida e averiguar possíveis efeitos adversos sobre o meio ambiente.