Resumen
Dentre os debates acerca da preservação dos monumentos, um dos menos consensuais e sobre ruinas. O conceito varia entre o estado de arruinamento das obras e a ruina como objeto consistente e tal conceituação dita o caminho para a intervenção que, quando aportada na leitura da ruina como processo a ser combatido, resulta em intervenções arquitetônicas em preexistências que tendem a mascarar os aspectos sublimes e pitorescos presentes. Este artigo pretende identificar um aporte teórico para a conservação da ruina como monumento. A metodologia para a compreensão do objeto e a argumentação logica, partindo de uma investigação nos preceitos e teorias do patrimônio, Cartas Patrimoniais e discussões atuais sobre como lidar com ruinas. Encarando-a como monumento, dotada de aspectos e relações intrínsecas com a paisagem, identifica-se a conservação dos monumentos aportada por teóricos, seus preceitos na Carta de Veneza (1964) e sua influência em abordagens mais atuais, a exemplo das Verdant Ruins, na Inglaterra.