Resumen
Este artigo teve por objetivo geral avaliar o desempenho energético e luminoso de uma edificação considerando situações de proteção e exposição solar totais de suas aberturas. Especificamente, os objetivos foram: estimar curvas de isoiluminâncias a partir de medições e simulações; estimar a economia energética proporcionada por sistema de iluminação complementar controlado pelo usuário (Cenário 1- real) e por sistema que desconsidera a contribuição da iluminação natural (Cenário 2- simulado); dimensionar áreas de painéis fotovoltaicos para atender a iluminação artificial desses Cenários e estimar as emissões evitadas pelo aproveitamento da luz natural. Os resultados demonstraram que o Cenário 1 apresentou valores médios de Contribuição de Iluminação Natural (CIN) de 2% e economia de 10,5% do total de energia anual se comparado ao Cenário 2, que por sua vez proporcionou CIN até 17 vezes maior, caracterizando iluminação excessiva. Seriam necessários o cobrimento de 3% e 37% do telhado com painéis fotovoltaicos para suprimento da energia dos Cenários 1 e 2, respectivamente. A implantação do sistema fotovoltaico mostrou-se economicamente inviável, com tempo de retorno do investimento de 60 anos, superior à sua vida útil. Porém, ambientalmente, evidenciaram-se os benefícios, evitando-se a emissão de 689kgCO2/ano, equivalentes à neutralização processada por 4 unidades arbóreas no mesmo período.