Resumen
Temos em Metrópole: abstração, pela reescritura depurada da tese que lhe deu origem, o aprofundamento da estrutura e do rigor da poesia de um livro que reflete sobre a história da Razão positiva na metrópole ? manifestada nos sentimentos e no imaginário individuais, nas relações de força sociais e na arte das vanguardas ?, quando a relação campocidade altera seu equilíbrio e a primazia da cidade aparentemente se sobrepõe à Natureza, ou, paradoxalmente, por outra perspectiva, pretende estar em analogia com suas leis. O sonho da Razão de tudo dominar ? conhecer, aferir, demonstrar ? se defronta, por fim, com o limite da impenetrabilidade do mundo das coisas, e depara com a solidão e a angústia kierkegaardianas perante o objeto inabarcável pelo conceito.