Resumen
Este artigo investiga três experiências editoriais pioneiras, as revistas ?Movimento? (depois, ?Movimento Brasileiro?), ?Forma? e ?Base? e sua contribuição para a formação da cultura da Arquitetura Moderna no Brasil entre o final dos anos 1920 e início da década de 1930. Em um contexto ainda hegemonizado por correntes tradicionalistas e historicistas, pouco permeável a Arquitetura Moderna e a seu teor internacionalista, a circulação dessas revistas, apesar da brevidade de sua existência, representou um espaço possível de exposição, debate e difusão do ideário e do imaginário modernos. Tanto pelo conteúdo divulgado quanto pela própria qualidade visual e gráfica, esses periódicos procuraram imbuir-se de um inequívoco viés vanguardista, incomum no meio editorial de então e francamente divergente com a orientação dominante em termos culturais, marcada pelo crivo da busca por uma identidade nacional brasileira nas artes e na arquitetura. A despeito de sua importância, ainda e raro o interesse sobre o tema na historiografia da arquitetura brasileira, perceptível na escassez de pesquisas relevantes sobre a natureza, origem e instrumentalização desta literatura na formação da arquitetura moderna entre nos.