Resumen
As marcas próprias têm conseguido cada vez mais espaço nas prateleiras e gôndolas dos supermercados. Essa estratégia pode viabilizar o aumento da competitividade do varejista e isso impactaria na melhoria de sua rentabilidade e lucratividade. Considerando o efeito que a adoção de marcas próprias pode ter, este artigo objetivou analisar o processo de adoção e gestão de marcas próprias de redes supermercadistas de médio porte, investigando também como os fornecedores dessas marcas são escolhidos. Para alcançar os objetivos propostos foram estudadas duas organizações na cidade de Passo Fundo,Rio Grande do Sul, por sua considerável concentração de supermercados. Foram realizadas entrevistas em profundidade mediante orientação de roteiro semiestruturado, que foram gravadas e transcritas. Foram analisados: aspectos gerais sobre marcas próprias, gerenciamento de marcas próprias e seleção e avaliação de fornecedores de marcas próprias. Foi possível perceber que os supermercados adotam as marcas próprias para fidelizar seus clientes e aumentar sua lucratividade. Os varejistas analisam onde há oportunidade e demanda para introduzir esses produtos, que são posicionados como intermediários (após a marca líder). Na escolha dos fornecedores, são observados aspectos como a qualidade do produto e a situação financeira do fabricante. Conclui-se que a utilização da estratégia de marcas próprias por redes supermercadistas de médio porte em cidades do interior, é viável e pode ser benéfica promovendo fixação da marca, fidelização de clientes e melhoria da lucratividade.