Resumen
O artigo analisa o debate entre metalismo e papelismo, ocorrido no Brasil, na segunda metade do século XIX, e defende que esta última foi uma das correntes que contribuíram para a gênese do desenvolvimentismo. Para tanto, retoma as controvérsias monetárias da Inglaterra, desde o início daquele século, e nelas identifica as origens teóricas do debate brasileiro, com destaque especial à questão referente à neutralidade ou não da moeda. A seguir, mostra como esse foi adaptado às peculiaridades da economia brasileira, com ênfase à opção dos papelistas pelo crescimento, rompendo com a ortodoxia da época. A influência no desenvolvimentismo nascente é trabalhada empiricamente por meio de manifestações assumidas por Getúlio Vargas, já que esse foi o personagem central do Estado desenvolvimentista, que marcou a experiência histórica brasileira após 1930.