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ARTÍCULO
TITULO

INFLUÊNCIA HISTÓRICA (1998-2016) DOS PARÂMETROS GLOBAIS E REGIONAIS SOBRE OS RESERVATÓRIOS DO INTERIOR DO NORDESTE

Luanny Gabriele Cunha Ferreira    
Alexandre Kemenes    

Resumen

Os eventos climáticos extremos, resultado das interações acoplamento oceano-atmosfera, vêm se apresentando a cada ano mais intensos. Essa intensificação se deve, dentre outros fatores, ao incremento do processo de aquecimento global. Os eventos podem alterar a normalidade das estações climáticas do continente americano, influenciando na quantidade de água precipita no interior, afetando os ecossistemas locais e refletindo sobre diversas atividades produtivas. O objetivo principal do estudo foi investigar influência dos parâmetros climáticos, globais e regionais, sobre o volume de água acumulada nos reservatórios do interior do Nordeste, dentro de um período de 18 anos, 1998 a 2016. Foram avaliados 26 reservatórios, distribuídos em seis estados da região Nordeste do Brasil (Piauí, Ceará, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Bahia). Os volumes de água dos reservatórios foram obtidos no site do DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas), as anomalias de temperatura da superfície do mar (TSM), no Oceano Pacífico Equatorial (El Niño 1+2, 3, 3.4 e 4) e no Oceano Atlântico Tropical [TNAI (Índice do Atlântico Norte Tropical) e TSAI (Índice do Atlântico Sul Tropical)], foram adquiridas pelo site da NOAA (National Oceanic & Atmospheric Administration) e os dados de precipitação e evaporação no site do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) e com instituições parceiras. Foi utilizada a correlação simples de Pearson para avaliar a influência das anomalias de TSM (regiões de El Niño 1+2, 3, 3.4 e 4, no Oceano Pacífico Equatorial, e TNAI e TSAI no Oceano Atlântico Tropical), evaporação e precipitação média sobre o volume de água dos reservatórios do Nordeste. Os reservatórios receberam fortes influências tanto dos processos climatológicos regionais quanto das anomalias globais de temperatura da superfície do oceano Atlântico e Pacífico. Entretanto, existe uma intensa convergência entre diversos fenômenos climáticos atuantes nessa região, que podem estar mascarando a real influência dos eventos climáticos extremos e que pode ser melhor compreendida.