Resumen
As feiras na contemporaneidade transcorrem caminhos múltiplos e mutáveis através da reunião de cores, sabores, cheiros e sociabilidades. As feiras das pulgas, que serão abordadas neste artigo, compõem este cenário, posto que promovem a troca de culturas, memórias, histórias. Com o intuito de mapear a inserção das feiras das pulgas no espaço público, visando descobrir como elas modificam e/ ou interferem no espaço da cidade e no cotidiano das pessoas, a presente pesquisa desenvolve-se através do processo de cartografia/corpografia, A partir das viagens para as feiras de San Telmo (Buenos Aires), Tristan Narvaja (Montevidéu) e Feira do Largo da Ordem (Curitiba), foi possível estabelecer encontros potentes entre o corpo que pesquisa e outros corpos que constituem a cidade. A cartografia das feiras das pulgas, junto às teorias do urbanismo contemporâneo e da filosofia da diferença, resultou nos agenciamentos de hospitalidade + hostilidade e estrutura + ruptura. Não capturadas pelos poderes hegemônicos, as feiras das pulgas resistem, tornam a cidade mais humana, viva e sensível. Como resultado, notou-se que mapear essas intensidades a partir de uma experiência corpográfica permitiu explorar essa essência em constante movimento.