Resumen
Na mancha verde da marcha do café, identificamos no mapa a linha caracteristíca da ferrovia e os nós, pontuando cidades por ela servidas. Constituem uma rede não só de transporte e de comércio, mas uma intricada malha de influências e trocas através da qual, mesmo após a inatividade das ferrovias, podemos reconstituir a história do período por meio de suas manifestações mais palpáveis. Isso pode se dar através da arquitetura e urbanização dos espaços vivenciados. Os fatos históricos imprimem na cidade marcas que têm uma sobrevida ao seus personagens. Com isso, vem a possibilidade de um edifício, um bairro, um traçado urbano torna-se o próprio sujeito e não apenas o simples objeto num contexto histórico. Ler, sentir e interpretar essa mensagem é um desafio que as cidades transformadas pela passagem do ciclo cafeeiro propõem ao historiador e ao arquiteto contemporâneos.