Resumen
A reduzida oferta de sementes de milho orgânicas no mercado, somado a escassez de informações sobre a produção e qualidade das mesmas estão entre os principais entraves para a produção de milho orgânico no Brasil. O presente trabalho objetivou avaliar o potencial fisiológico das sementes de cultivares comerciais e crioulas de milho produzidas em sistema orgânico na colheita e após o armazenamento. O experimento foi conduzido no Centro de Ciências Agrárias, da Universidade Federal de São Carlos no campus da cidade de Araras, SP, no Laboratório de Produção Vegetal e Recursos Florestais de maio a outubro de 2016. Foram utilizadas sementes de sete cultivares de milho: variedades comerciais Al Avaré, Al Bandeirantes e Al Piratininga, variedades crioulas Santa Rita 1 e Santa Rita 2 e, dois híbridos simples 30F53 e 2B587, produzidas em sistema orgânico na safra 2015/2016. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial 7 x 2 com quatro repetições. Primeiro fator foram as sementes dos cultivares de milho e o segundo o tempo de armazenamento em garrafas PET (pós colheita e 90 dias). Foram avaliados: massa de 1000 sementes, grau de umidade, teste de germinação, primeira contagem, germinação após envelhecimento acelerado e índice de velocidade de emergência (IVE) em leito de areia. Os resultados foram submetidos à análise de variância e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey à 5% de significância. As sementes apresentaram elevado vigor e porcentagem de germinação, mantendo a qualidade mesmo após 90 dias de armazenamento em garrafa PET.