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ARTÍCULO
TITULO

CENÁRIO DAS EMBALAGENS PÓS-CONSUMO DE SANEANTES DESINFESTANTES DE USO PROFISSIONAL EM ALAGOINHAS-BA: UMA ANÁLISE CRÍTICA

Grice Anne dos Santos Vaz    
Luiz Roberto Santos Moraes    

Resumen

A realização do controle químico de pragas e vetores urbanos executado por empresas especializadas e nas campanhas de saúde pública gera como resíduo sólido as embalagens pós-consumo dos saneantes desinfestantes que, em diversos aspectos, dentre eles, a sua composição e toxicidade, são comparados aos dos agrotóxicos. Esses resíduos ainda são pouco discutidos, sendo escassos os trabalhos que se preocupam com o tema, e o cenário é pouco evidente. Diante desse contexto, este artigo tem como objetivo analisar os sistemas de gerenciamento das embalagens vazias de saneantes desinfestantes de uso profissional no município de Alagoinhas-BA. Após pesquisa bibliográfica e documental, a coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada com o Poder Público e as empresas especializadas no controle de pragas e vetores urbanos, bem como de observação em campo nas empresas e órgãos públicos investigados. A análise das entrevistas e das informações documentais ocorreu com o uso da técnica análise de conteúdo. Todas as informações e registro das observações em campo foram comparados com o estabelecido na legislação e normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Dos recipientes gerados, 30,68% são representados por laváveis (recicláveis), e 69,32% por não laváveis (não recicláveis). A logística reversa ainda não foi implementada por todos os geradores desse resíduo, e entre alguns obstáculos podem ser citados o custo operacional no transporte, a ausência da realização de etapas intra-estabelecimento, e o não envolvimento de todos os agentes implicados no ciclo de vida do produto. Embora exista um Programa para o recebimento de algumas embalagens que circulam nesse setor de controle de pragas, ainda é pouco difundido e não contempla o município de Alagoinhas. A falta de controle no setor favorece a atuação ilegal, a qual se torna fonte de canais clandestinos da geração desses resíduos perigosos.

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