Resumen
O presente artigo debate o avanço do capital e os desdobramentos por entre e sobre os territórios do movimento combinado de acumulação e expropriação, que funciona em concomitância à apropriação e despossessão dos bens comuns e dos modos de vida na Amazônia e no Cerrado brasileiros. Analisam-se duas situações distintas: 1) a ?guerra? entre uma comunidade tradicional e uma empresa multinacional situada no município de Barcarena/ Pará; 2) um cenário de luta da diversidade de vida contra a economia de um só plantio na região do denominado Matopiba, no leste maranhense e no norte do Tocantins. Por fim, ressaltam-se os Protocolos de Consulta como instrumentos de luta e afirma-se que tão importante quanto olhar as situações, compreendendo a territorialização do capital, é contrapor estas narrativas, desde formas política e juridicamente de reivindicação do direito à própria existência enquanto permanência.